Tecnologia usa lasers para medir ventos e aerossóis com precisão inédita, com planos de migrar para satélites
A NASA está testando um novo observatório LiDAR aéreo capaz de melhorar significativamente a precisão das previsões meteorológicas. O sistema, instalado em um avião, emite 200 pulsos de laser por segundo para medir a direção e a velocidade dos ventos, além da concentração de aerossóis na atmosfera.
A agência espacial planeja, no futuro, adaptar a tecnologia para satélites, eliminando a necessidade de voos constantes.

Como funciona a tecnologia
O LiDAR (Light Detection and Ranging) utiliza lasers para analisar partículas e gases na atmosfera. A bordo da aeronave, os pulsos de luz refletem em moléculas de ar, permitindo cálculos detalhados do movimento dos ventos e da distribuição de poluentes ou poeira.
Esses dados são críticos para modelos climáticos e previsões de tempestades, furacões e qualidade do ar.
Atualmente, a medição por aviões oferece resolução superior a sistemas baseados em solo ou satélites convencionais. No entanto, a NASA já trabalha para integrar o LiDAR em satélites, ampliando a cobertura global e reduzindo custos operacionais.
Impacto nas previsões meteorológicas
Segundo a agência, a tecnologia pode refinar alertas de eventos extremos, como tornados e secas, ao fornecer informações em tempo real sobre mudanças na atmosfera. Testes iniciais mostraram eficácia em detectar microturbulências e correntes de ar em altitude, fatores que influenciam rotas aéreas e agricultura.
Próximos passos
A expectativa é que, em cinco anos, os primeiros satélites equipados com LiDAR estejam em órbita. Enquanto isso, os voos de coleta de dados continuarão sobre regiões estratégicas, como o Oceano Atlântico, para monitorar furacões.
A inovação reforça o papel da NASA no avanço da ciência climática, combinando pesquisa espacial e aplicações práticas para segurança pública e gestão ambiental.