Eles cresceram ao som de Nirvana e assistiram ao nascimento da internet. Trabalharam duro, pagaram impostos acreditaram no “estude, case, compre uma casa”. Mas, segundo um estudo global da The Economist os nascidos entre 1965 e 1980 a Geração X , são hoje os menos satisfeitos com suas vidas.

Não por falta de esforço, eles enfrentaram todas as crises: a recessão dos anos 90, o colapso financeiro de 2008, a pandemia, a inflação galopante e o sonho da casa própria que se transformou em uma hipoteca interminável. Agora veem seus filhos adultos os millennials e a Geração Z, ainda em casa sem perspectivas de sair e sem culpa por isso.
“Fizemos tudo certo, mas o sistema falhou conosco”, desabafa, analista de sistemas em São Paulo. Ele ainda paga o apartamento comprado em 2006, enquanto seu filho de 25 anos divide o quarto com o irmão.
Dados do estudo, realizado em 30 países mostram que essa geração foi espremida entre os baby boomers, que colheram os frutos do pós-guerra, e os millennials, que abraçaram a flexibilidade e a revolução digital. A Geração ficou com as contas.
“Eles são a geração do ‘e agora?’”, analisa a socióloga. “Seguiram o roteiro, mas o filme mudou.”
Enquanto isso, nas redes sociais os memes ironizam: “Gen X: nem jovens o suficiente para ser cool, nem velhos o suficiente para se aposentar.” O humor, porém não disfarça o cansaço.
Será que ainda há tempo para um final feliz? A resposta, como tudo na vida deles, parece depender de fatores que nunca estiveram sob seu controle.