Em um movimento que mistura conveniência com marketing genial, o Google acaba de transformar a experiência de comprar um smartphone em algo tão simples quanto pegar um salgadinho ou uma lata de Coca-Cola.
A primeira máquina de venda automática de produtos da marca foi avistada no movimentado Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, chamando a atenção de passageiros apressados e entusiastas de tecnologia.
A cena é curiosa: entre máquinas que oferecem desde chocolates até fones de ouvido descartáveis, uma estrutura metálica com as cores do Google exibe Pixels novinhos em folha, empacotados como se fossem lanches de alta tecnologia.
Basta selecionar o modelo, inserir o cartão e voilà em segundos, um smartphone desliza pela abertura, pronto para uso.
A estratégia não é apenas sobre vender dispositivos, mas sobre redefinir acessibilidade. Em uma era em que a Amazon domina entregas ultrarrápidas e a Apple oferece same-day pickup, o Google parece estar dizendo: “Por que esperar até mesmo pelo delivery?”
Dados da consultoria Counterpoint Research mostram que 54% dos consumidores preferem comprar eletrônicos em lojas físicas, mas filas e estoques esgotados ainda são obstáculos. Máquinas automáticas eliminam ambos.
O risco (e o charme) da aposta
Mas o Google parece confiante. Afinal, quem nunca desejou resolver uma necessidade tecnológica com a mesma facilidade de matar a fome?
“É sobre estar no lugar certo, na hora certa”, explica analista de varejo da Forrester. “Apostar em aeroportos onde viajantes têm tempo e disposição para gastar é brilhante.”
Se a ideia pegar, não surpreenda ver rivais como Samsung e Xiaomi seguindo o exemplo. Afinal, no jogo da conveniência, quem chega primeiro ao bolso do consumidor sai ganhando.
E você? Compraria um smartphone de uma máquina automática? A resposta pode definir o futuro das vendas de tecnologia.