Enquanto gigantes da tecnologia se esquivam de guerras tarifárias e processos antitruste, a Netflix avança como um touro em loja de porcelanas. Imune ou quase às turbulências do setor, a plataforma de streaming traçou um plano ousado de entrar no exclusivo clube das empresas que valem US$ 1 trilhão.
E os números sugerem que não é um delírio.
Em 2024, a empresa já fatura US39 bilhões. Mas a meta para 2030 é mais ambiciosa que é dobrar a receia e atingir 410 milhões de assinantes.
O valor de mercado? Um trilhão de dólares o mesmo que Apple, Microsoft e Nvidia.
O segredo? Apostas impopulares que deram certo
A Netflix virou o jogo com decisões que, à primeira vista, pareciam arriscadas:
- Planos com anúncios: lançados em 2022, já geram US 2bilhões e devem chegar a US 9 bilhões em 2030.
- Fim do compartilhamento de senhas: polêmico, mas eficaz as ações subiram 50% em 12 meses.
- Aumento de preços: enquanto concorrentes patinam, a Netflix mostra que o usuário paga por qualidade.
O próximo passo: dominação global
Para atingir a marca histórica, a estratégia inclui:
- Conquista de mercados emergentes: Brasil e Índia são prioridades, com conteúdo local e preços adaptados.
- Tecnologia própria de anúncios: hoje dependente da Microsoft, a Netflix quer controlar seus dados e otimizar a monetização.
- Aposta em esportes ao vivo: após o sucesso do combate Tyson vs. Paul e do jogo Nadal vs. Alcaraz (que “derrubou” o tenista e os servidores), a plataforma deve investir pesado no setor.
No dia seguinte ao anúncio dos planos, as ações ($NFLX) dispararam 4,8%. O sinal é claro que enquanto outros lutam para sobreviver, a Netflix está jogando para vencer.
A pergunta que resta não é se ela chegará ao trilhão, mas quando. E, pelo ritmo atual, a resposta pode estar mais próxima do que imaginamos.