Em um mundo onde a atenção é a moeda mais valiosa, o LinkedIn decidiu entrar no jogo dos vídeos curtos, mas com um twist corporativo. O Vídeo Trends, novo recurso da plataforma, já está sendo chamado de “TikTok para negócios” e, embora esteja disponível apenas nos EUA por enquanto, os números não mentem as visualizações de vídeos no LinkedIn aumentaram 36% em um ano.
A pergunta que fica é como um formato associado a danças virais e desafios pode servir a consultores, recrutadores e até mesmo a gestores de fundos?
A resposta está no que os especialistas em marketing digital chamam de “arbitragem de atenção” a arte de capturar interesse sem vender diretamente, mas sim através de histórias, insights e, acima de tudo, valor agregado.
Dados do próprio LinkedIn mostram que posts com vídeo geram 5x mais engajamento que textos tradicionais. Mas, diferentemente do TikTok, onde o entretenimento reina, aqui o conteúdo que ganha destaque é o que educa, inspira ou resolve problemas.
- RH e recrutamento: Empresas estão usando vídeos curtos para mostrar “um dia no escritório”, depoimentos de colaboradores ou dicas de carreira atraindo candidatos de forma orgânica.
- Consultorias e cursos: Especialistas compartilham “pílulas” de conhecimento, direcionando o público para webinars ou materiais premium.
- Produtos financeiros B2B: Gestores explicam tendências de mercado em 60 segundos, criando autoridade antes mesmo de oferecer um serviço.
“O segredo está em não falar do produto, mas do problema que ele resolve”, explica Ana Lúcia Mendes, estrategista de conteúdo B2B. “Um vídeo sobre ‘como reduzir custos operacionais’ atrai muito mais que um anúncio tradicional de consultoria financeira.”
E o timing não poderia ser melhor como o recurso ainda é novo, a concorrência por visibilidade é baixa e uma janela de oportunidade para quem quer se estabelecer como referência antes que o algoritmo se torne mais disputado.
Ainda não há previsão de lançamento global, mas o histórico do LinkedIn sugere que funcionalidades bem-sucedidas nos EUA chegam ao Brasil em 6 a 12 meses. Enquanto isso, criadores de conteúdo já estão se adaptando:
- Dica dos early adopters: Grave vídeos verticais (formato mobile) com legendas, já que 85% dos usuários assistem sem áudio.
- Insight de dados: Posts que incluem perguntas no final (“Qual sua maior dor no trabalho remoto?”) têm 3x mais comentários, aumentando o alcance orgânico.
O veredito? Quem dominar a arte do vídeo corporativo breve e relevante não só surfará a onda do LinkedIn, mas fará dela um trunfo para conversões sutis e altamente eficazes.