Em um mundo onde os jogos móveis disputam a atenção dos usuários com táticas cada vez mais absurdas, um novo título chinês está arrancando risos e tapas.
How to Pet Your Cat (ou Como Acariciar Seu Gato, em tradução livre) virou sensação quase da noite para o dia, mas não pela fofura esperada. Aqui, a “carícia” é uma competição frenética de quem conseguir desferir mais palmadas no traseiro de um felino gigante vence.

“É hilário, mas confesso que fiquei com pena do gato”, admite Li Wei, estudante de 22 anos que passou duas horas “afagando” o animal em batalhas contra amigos. A mecânica lembra jogos de ritmo, mas substitui notas musicais por… nádegas peludas.
Especialistas em comportamento digital apontam três fatores para essa viralização:
- Absurdo que cativa: Em uma era de simulações hiper-realistas, o nonsense deliberado chama atenção. “O contraste entre o título inocente e a ação bizarra cria curiosidade imediata”.
- Competição social: O modo multiplayer estimula compartilhamento. Usuários postam prints com frases como “Venci meu chefe com 500 tapas!” orgulho duvidoso, mas eficaz.
- Alívio instantâneo: “É uma válvula de escape para o estresse diário”, diz o desenvolvedor do jogo, que preferiu não ser nomeado. “Ninguém leva a sério, e é exatamente esse o ponto.”
O sucesso, porém, não vem sem polêmica. Grupos de defesa dos animais criticam a “normalização da violência contra pets”, mesmo que em jogos.
Enquanto ocidentais aguardam novas versões imagine os memes, o fenômeno reforça uma lição que no universo dos jogos, às vezes, menos explicação é mais.
Ou, como resumiu um usuário no Weibo: “Se um jogo me faz rir e questionar minha sanidade ao mesmo tempo, ele já ganhou”.