Kiev, Ucrânia .
Em um mundo onde a publicidade tradicional luta para capturar a atenção fragmentada do público, a marca Hike e a agência Brain Tank decidiram ir além, fizeram os espectadores não apenas verem um anúncio, mas sentirem-no. O vídeo “Touch the Sound” é uma experiência sensorial que transcende o audiovisual, transformando ritmo e estilo em vibrações quase palpáveis.

A revolução da publicidade cinestésica
Enquanto a maioria das campanhas se contenta com narrativas visuais ou sonoras, a dupla inovou ao explorar a sinestesia digital, a fusão de sentidos por meio da tecnologia. O projeto, divulgado inicialmente no Telegram e segmentado para audiências na Ucrânia, usa frequências sonoras e imagens sincronizadas para criar uma resposta física no espectador.
“Não queríamos que fosse só mais um anúncio. Queríamos que fosse uma memória corporal”, explica um porta-voz da Brain Tank. E os dados sugerem que a estratégia funcionou, testes com grupos focais mostraram um aumento de 37% na retenção de mensagem comparado a formatos tradicionais.
A campanha foi impulsionada por uma segmentação hiperprecisa no Telegram, rede que concentra usuários jovens e tecnologicamente engajados na Ucrânia. Para especialistas em marketing, o caso é um manual de como:
- Escolher o canal certo (messengers > redes sociais tradicionais para nichos);
- Priorizar a experiência sobre o discurso (o espectador “vive” a marca, não a ouve);
- Usar dados para validar a sensação (métricas de engajamento tátil, como tempo de interação e compartilhamentos).
“Anúncios precisam ser como boas conversas, envolver e não interromper”, reflete um analista da Reklamonstr, plataforma que monitora tendências do mercado publicitário ucraniano.
O Futuro? Publicidade que você pode tocar
Se o sucesso do “Touch the Sound” é um indicativo, a próxima fronteira do marketing não será visual ou auditiva, será haptica. Empresas como a Hike já testam integrações com wearables para vibrar em sincronia com anúncios.
Para quem duvida que o público queira “sentir” propagandas, os números respondem: 72% dos consumidores ucranianos entre 18 e 34 anos disseram preferir formatos inovadores após a exposição à campanha.