Negócios

Como 58% das empresas Ucranianas estão deixando o dinheiro para trás

Em um país onde o som de notas sendo contadas já foi sinônimo de comércio, um novo ritmo está tomando conta o click silencioso de transações digitais.

Segundo um estudo recente da Visa, 58% das pequenas e médias empresas na Ucrânia adotaram pagamentos eletrônicos nos últimos dois anos, um salto que reflete não apenas uma mudança tecnológica, mas uma transformação cultural.

Os números revelam mais do que preferência e mostram uma urgência. Entre os comerciantes que ainda insistem em aceitar apenas dinheiro vivo, 83% admitem ter perdido vendas porque os clientes simplesmente não carregavam mais cédulas. “Antes, era impensável sair de casa sem uma carteira cheia de hryvnias“, diz Olena Kovalenko, dona de uma cafeteria em Lviv. “Agora, se eu não aceitar cartão ou Apple Pay, metade dos clientes vira as costas.”

A pandemia acelerou a migração, mas a conveniência solidificou o hábito. Para muitos ucranianos, especialmente nas cidades, pagar com um smartphone ou cartão contactless virou tão natural quanto pedir um borscht em um restaurante. E os negócios que resistem estão ficando para trás não por falta de clientes, mas por excesso de desconfiança.

“Quando um cliente vê o aviso ‘Aceitamos apenas dinheiro’, ele não pensa em tradição pensa em obstáculo”. E em um mundo onde tempo é moeda, ninguém quer perder minutos procurando um caixa eletrônico.

Os dados por trás da tendência

  • 83% dos comerciantes que recusam pagamentos digitais relatam perdas frequentes.
  • Em áreas urbanas, 9 em cada 10 transações acima de 200 hryvnias (cerca de R$ 30) são feitas eletronicamente.
  • A Visa projeta que, até 2025, o uso de dinheiro na Ucrânia caia para menos de 20% das transações diárias.

O movimento não é isolado países como Suécia e China já vivem realidades onde carteiras físicas são peças de museu. Mas na Ucrânia, a velocidade da mudança surpreende.

“Dois anos atrás, eu tinha que explicar como funcionava um POS móvel”, ri Andriy Semenchuk, dono de uma loja de equipamentos em Kharkiv. “Hoje, se a máquina demora três segundos para processar, o cliente já olha para o relógio.”

Para especialistas, a questão não é se o dinheiro desaparecerá, mas quando. E enquanto alguns idosos e regiões rurais ainda resistem, a geração mais jovem nascida em um mundo de tiktoks e bitcoins não imagina voltar à era das moedas no bolso.

“É uma evolução natural”, resume Kovalenko, enquanto serve um café pago por Google Pay. “O dinheiro não morreu. Só ficou invisível.”

Por que isso importa?

Para empreendedores, a mensagem é clara adaptar-se não é mais opção é sobrevivência. E para os consumidores, a praticidade ganhou de vez a batalha contra o hábito. Em um país que vive entre os ecos de guerra e os sinais de progresso, os pagamentos digitais são mais do que tecnologia são um ato de fé no futuro.

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