Uma mulher na Grécia decidiu divorciar-se após o ChatGPT analisar uma foto da borra de café do marido e desvendar um caso extraconjugal. O caso, bizarro e emblemático levanta questões sobre, confiança, tecnologia e os limites da inteligência artificial nas relações humanas.

Tudo começou quando a esposa cujo nome não foi divulgado, enviou ao chatbot uma imagem do resíduo do café, pedindo uma “interpretação”. O que ela esperava? Talvez um presságio inócuo, um conselho genérico. Mas o ChatGPT foi além: afirmou que o marido estava apaixonado por outra mulher, descreveu supostos detalhes da amante, cabelos escuros, olhos claros e recomendou o divórcio “imediatamente”.
A mulher, sem questionar a precisão da IA seguiu o conselho. Não houve confronto nem investigação. Apenas a palavra de um algoritmo, aceita como sentença final.
O perigo das respostas sem contexto
Especialistas alertam que sistemas como o ChatGPT não foram projetados para análises subjetivas ou adivinhação. “É preocupante que decisões pessoais profundas estejam sendo baseadas em interpretações aleatórias de IA”, diz a psicóloga ateniense. “A tecnologia não substitui diálogo ou evidências reais.”
O caso também reacende o debate sobre a confiança cega em ferramentas digitais. Será que, em um mundo de respostas instantâneas, estamos perdendo a capacidade de duvidar ou de ouvir o outro lado?
Enquanto isso, o ex-marido nega a traição. Mas, ironicamente quem poderia defendê-lo agora? Até o ChatGPT se recusou a comentar quando questionado sobre o caso.