Em um movimento que mistura segurança, comodidade e empoderamento, a Bolt expandiu seu serviço de táxi Mulheres para Mulheres para seis novas cidades ucranianas sendo elas, Chernihiv, Odessa, Lviv, Uzhhorod, Mukachevo e Rivne. A iniciativa, que estreou como projeto-piloto em Kyiv, permite que passageiras escolham motoristas do mesmo gênero, uma resposta direta a preocupações recorrentes sobre assédio e desconforto durante viagens.

Dados globais mostram que passageiras, especialmente em deslocamentos noturnos ou solitários, priorizam sensação de segurança. Na Ucrânia, onde a guerra intensificou vulnerabilidades sociais, a demanda por alternativas “women-only” cresceu 37% em 2023, segundo pesquisa local. A Bolt não divulgou métricas específicas, mas o sucesso em Kyiv com lista de espera de motoristas mulheres motivou a expansão.
O recurso, integrado ao app, usa geolocalização e verificação de documentos para conectar usuárias a condutoras cadastradas. “Não se trata apenas de evitar homens mas de criar confiança”, explica, uma das primeiras motoristas do programa. Ela relata que passageiras frequentemente compartilham histórias de assédio em táxis convencionais.
Controvérsias e desafios
Apesar do apoio, críticos argumentam que a medida pode segregar o mercado. “Precisamos punir agressores, não restringir mulheres”, diz Mykhailo Fedorov, ativista de direitos digitais. A Bolt rebate: “É uma opção, não uma obrigação”. A empresa também treina motoristas em diversidade e combate a violência.
Se a adesão mantiver o ritmo, a Bolt planeja levar o modelo para Europa Oriental em 2025. Enquanto isso, passageiras celebram, “Finalmente posso relaxar durante a viagem”.