Medida afeta clientes pessoais e empresariais sob regras de fiscalização, segundo deputado.
Desde janeiro de 2025, instituições financeiras na Ucrânia encerraram 606 mil contas de pessoas físicas e 30 mil de empreendedores individuais. A ação segue determinações legais do artigo de monitoramento financeiro, conforme divulgado pelo deputado Yaroslav Zheleznyak.

Contexto e impactos
O fechamento em massa ocorre em meio a regulamentações mais rígidas contra lavagem de dinheiro e irregularidades financeiras. Dados oficiais indicam que as contas foram bloqueadas após análise de transações consideradas suspeitas ou fora dos parâmetros legais.
Zheleznyak, membro do partido Holos, destacou que a medida visa aumentar a transparência, mas críticos alertam para possíveis excessos. Afetados relatam dificuldades para reaver recursos ou reabrir contas, mesmo sem condenações judiciais.
Base legal e reações
A legislação ucraniana permite o bloqueio preventivo de contas sob investigação, com base em leis antilavagem e de combate ao terrorismo. Autoridades afirmam que a prática segue padrões internacionais, enquanto organizações de direitos civis questionam a falta de notificação prévia aos clientes.
Em 2024, o país já havia registrado aumento de 40% nesses procedimentos, segundo o Serviço de Inteligência Financeira. Especialistas atribuem o crescimento à pressão por adesão a normas da União Europeia.
Próximos passos
O parlamento debate revisões no marco regulatório para equilibrar fiscalização e direitos individuais. Enquanto isso, o Banco Nacional da Ucrânia orienta clientes a regularizar documentação para evitar bloqueios inadvertidos.