No universo do marketing sensorial, velas aromáticas e perfumes de luxo já não surpreendem. As marcas sabem que, para se destacarem, precisam ir além—muito além. Foi assim que a Coors Light, conhecida por suas campanhas que celebram o “frescor”, decidiu lançar algo inusitado: um massageador facial resfriador, inspirado na cerveja gelada.
Batizado de Coors Light Chill Roller, o produto parece saído de um brainstorming entre designers de beleza e bartenders. O objeto, que lembra um rolo de jade, promete reduzir inchaços e olheiras com a mesma eficiência de um copo de Coors Light no auge do verão. A ideia, segundo o vice-presidente de marketing da marca, é “refrescar e resfriar os fãs de maneiras inesperadas”.

Por que um massageador?
A resposta está na evolução do branding experiencial. Dados da McKinsey revelam que 70% das decisões de compra são baseadas em como os consumidores se sentem em relação a uma marca—não apenas no produto em si. A Coors Light já dominou o frescor no copo; agora, quer conquistá-lo na rotina de autocuidado.
“O Chill Roller não é só um gadget, é uma extensão da nossa promessa de marca”, explica o executivo. A estratégia lembra iniciativas como a da Häagen-Dazs, que lançou um serum facial com aroma de sorvete, ou a da Burger King, com seu “Whopper Perfume”. A diferença? A Coors Light está apostando no cross-branding funcional—algo que consumidores podem usar, não apenas colecionar.
O futuro do cooling pós-cerveja
Enquanto o mercado de beauty tech cresce 15% ao ano (segundo a Euromonitor), marcas de bebidas veem uma oportunidade de ouro. “É sobre ocupar espaços onde o consumidor não espera você”, diz uma analista de tendências. “Se uma cerveja pode ajudar na rotina de skincare, por que não?”
O sucesso ainda está por ser medido, mas uma coisa é certa: no jogo da inovação, às vezes, o próximo chill não está no freezer—está no seu rosto.