Era inevitável, mas agora é oficial: a Nvidia encerrou o suporte às placas de vídeo GTX 1080, encerrando uma era para uma das linhas mais icônicas da empresa. Junto dela, todas as GPUs das séries GTX 700, 900 e 10XX também foram aposentadas sem novos drivers, sem otimizações, sem vida além do último update, o R580.
Para muitos, a GTX 1080 foi mais que hardware. Lançada em 2016, ela foi a peça central de PCs gamer por anos equilibrando desempenho e custo em uma época em que os jogos exigiam cada vez mais pixels e frames. Agora, sem atualizações de segurança ou compatibilidade quem ainda depende dela enfrentará um futuro incerto: lentidão em jogos novos, incompatibilidades silenciosas e talvez, a frustração de ver uma velha guerreira perder o fôlego.
O que isso significa para você?
Se seu PC ainda roda uma GTX 1080 (ou qualquer placa da lista afetada), é hora de uma conversa difícil. A indústria de jogos já se move para tecnologias como ray tracing e DLSS, exclusivas das RTX. Sem suporte, até tarefas cotidianas podem se tornar vulneráveis a brechas de segurança não corrigidas.
Dados da Steam (abril/2024) mostram que 4,3% dos usuários ainda usam GPUs da série GTX 10XX, um nicho relevante mas em declínio acelerado. Para eles, a Nvidia deixa uma mensagem clara: o futuro é Ampere (RTX 30XX) ou Ada Lovelace (RTX 40XX).
Upgrade ou resistência?
Há quem defenda que hardware morre apenas quando o usuário desiste dele. Mas, com a indústria abandonando até o DirectX 12 em placas antigas, a resistência tem prazo de validade. Alternativas como AMD RX 7000 ou até modelos entry-level de RTX oferecem caminhos, alguns mais dolorosos ao bolso que outros.
Enquanto isso, fica a nostalgia
A GTX 1080 foi, para muitos, a primeira placa “de verdade”. Seu fim não é só técnico; é simbólico. E, como tudo na tecnologia, um lembrete: avançar é opcional, até deixar de ser.